Jonathan Safran Foer


Hoje queria escrever qualquer coisa sobre livros que tenho andado a ler, mas não me lembro do nome de um em particular, de Jonathan Safran Foer, esse geniozinho petulantemente precoce da literatura americana, atacado invejosamente por uns, defendido corajosamente por outros, todos grandes nomes da literatura mundial, senão mesmo norte-americana, desde Rushdie a McInerney.


Bem, o livro chama-se na verdade Extrememente Alto, Incrivelmente Perto (li a versão portuguesa, depois de inicialmente ter lido os primeiros capítulos nessa pequena descoberta que foi o The Unabridged Pocketbook of Lightning) Devo dizer que prefiro ler sempre a versão inglesa, original, por causa daquelas subtilezas próprias da língua totalmente intraduzíveis...


Anyway, a história é muito boa, as técnicas narrativas surpreendentes, o tema forte, a leitura quase compulsiva. Quase porque dá a sensação de já ter visto o filme em qualquer lado, mas não são todos os livros assim? Uma das maiores críticas que os mais acérrimos ofensores de Safran Foer puseram no papel virtual dos blogs que consultei sobre ele foi precisamente essa sensação de copy-paste. Devo dizer que tentei não me influenciar pelos comentários negativos, crendo fielmente como creio que é impossível criar a partir do nada. Ergo, nada pode ser completamente original. Devo dizer que reconheci influências de Auster, Salinger, Murakami e Vonnegut, tanto em termos de temáticas como de modos narrativos.


O Enredo, o que realmente interessa, centra-se em Oskar Schell, no seu pai falecido no ataque às torres gémeas e nos seus avós sobreviventes do holocausto. Muita matéria pesada para explorar e conferir um dramatismo pungente ao livro, repleto de imagens sugestivas, à laia de ilustrações, acabando numa sucessão de fotos de uma pessoa a cair no vazio de uma torre...


Leitura obrigatória para quem quer saber alguma coisa sobre alguma coisa (incluindo história dos séculos XX e XXI, literatura pós-moderna e outras trivialidades que o pequeno Oskar não se cansa de debitar devido à sua propensão para pesquisas na internet).


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