Ricky Gervais' inspiration
Jesse Heiman: World's Greatest Extra
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Clay Datsusara
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3/30/2011 04:10:00 da tarde
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extra,
jesse heiman,
ricky gervais
A verdade que dói a muita gente...
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Clay Datsusara
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3/25/2011 02:32:00 da tarde
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Hollywood's biggest cliché: enhance!
can You enhance it?
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Clay Datsusara
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3/23/2011 09:37:00 da tarde
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Goodreads
a minha mais recente aproximação a uma rede social chama-se goodreads.com e, essencialmente, permite-nos trocar recomendações de livros com outros users. a internet 2.0 é isto: somos uns pequenos críticos com a febre do rating.
confesso que o site ganhou-me pelo seu interface fácil e intuitivo. User-friendly q.b., tem também o apelo da imagem, pela forma das coloridas miniaturas das capas dos livros. Um site essencial para quem tem a paixão dos livros.
www.goodreads.com
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Clay Datsusara
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3/23/2011 01:20:00 da manhã
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goodreads,
livro,
rede social
New Kid on The Block?
http://ginatomico.com/
Alexia's new site is the place to be when your brain gets thirsty.
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Alexia's new site is the place to be when your brain gets thirsty.
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Clay Datsusara
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3/21/2011 03:35:00 da tarde
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Alexia,
Gin atómico
Sarah Kay @ TED
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3/21/2011 01:43:00 da tarde
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Sarah Kay,
spoken word,
TED
On Chesil Beach
Quem já leu Ian McEwan sabe que não se consegue ficar indiferente a um livro do mestre inglês (excepto talvez Amsterdam). É aquele entrar-por-ali-dentro-das-personagens que nos faz delirar com a similaridade psicológica que une todas a a humanidade, mas ao mesmo tempo as separa. On Chesil Beach temos mais disso, mais identificação, mais envolvência; ansiedades, nervosismos, excitações e tristezas que sentimos na pele, causados por situações que têm o seu quê de familiares, apesar de nunca termos passado exactamente por elas.
On Chesil Beach leva-nos até 50 anos atrás, uma Inglaterra à beira da mudança social (e sexual), mas acima de tudo, leva-nos à confusão interior que todos sentimos em determinados momentos da nossa juventude. É querermos iniciar-nos no mundo adulto, positivamente anestesiados com a euforia da novidade, mas, em simultâneo, temerosos do desconhecido e da perda de algo que não sabemos ainda explicar. Edward e Florence estão numa posição dessas: recém-casados mas sem qualquer experiência sexual vêm-se forçados a lidar com as suas imagens exteriores de pessoas escolarizadas e supostamente conhecedoras dos hábitos do mundo, embora interiormente, como nos é dado a ver, sejam apenas sofram duma inadequação tal, normal aliás, tendo em conta a época e os costumes, que só nos resta rir dos momentos hilariantes e sentir pena dos enganos que levam à confusão e inseguranças. Tudo isto numa tarde de lua-de-mel num hotel de Chesil Beach, intercalada com flashbacks dos momentos mais importantes da vida do casal até então.
Sempre fui da opinião que há momentos e momentos para lermos um livro. Um jovem adolescente que leia On Chesil Beach vai tirar conclusões diferentes das de um quarentão. No meu caso, creio que fico tão excitado com certas passagens como um adolescente ficaria, com o bónus de não me deixar abater tanto pela melancolia como um velho se deixaria. Há um certo tom de esperança que se instala aos poucos na nossa mente, depois de uma certa revolta, quando terminamos de ler o livro. Essa esperança talvez signifique que ainda podemos fazer alguma coisa da nossa vida, apesar de erros passados, um pouco como o Mr. Scrooge nos Christmas Carrols. No entanto não me parece que a intenção do velho Mac fosse dar lições de moral, mas apenas contar (mais) uma bela e pungente história. Nós é que retiramos as nossas interpretações dos nossos armários sempre que vemos nalguma obra de arte um sinal para compararmos as nossas vidas com a ficção idealizada. Pensamos demais, isso é o que é. E isso é arte.
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Clay Datsusara
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3/09/2011 07:23:00 da manhã
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Ian McEwan,
On Chesil Beach
Sleepwalkers
1. Insónia
São quatro da manhã. Acordo de um sonho mau. Um sonho que simplesmente é a minha vida. Mas esperem, a minha vida não é um sonho, é real demais. Antes fosse um sonho e eu pudesse acordar no dia seguinte, para um normal dia de primavera, abrir os olhos, beijar a minha linda mulher na testa, tomar um duche, pequeno-almoço com os filhos, deixá-los na escola e dirigir-me para um emprego que adoro. Essa é a vida que me espera quando acordar, por certo. Entretanto, estou metido nesta vida, à qual tenho dificuldade em me adaptar.
Não é o viver em si, não me interpretem mal. Adoro viver. Adoro. Está acima da minha vontade. É para isso que existo: viver. Pretendo fazê-lo o mais tempo possível e não tenho de dar explicações a ninguém sobre isso.
Mas já que perguntam, aí vai. Adoro aquelas coisas da vida que só com o tempo fazem sentido. Saber que aquela pessoa está lá, mesmo que não tenha de estar todo o tempo com ela. Estar 10 anos sem falar com alguém e, de repente, a meio da noite, pegar no telefone e dizer-lhe olá. Quero estar vivo daqui a dez anos para fazer esse tipo de coisas, porque, simplesmente, hoje não consigo falar com ela. Nem amanhã, nem na próxima semana. Nem nos próximos meses. Nem nos próximos anos, provavelmente.
Porque sim. Porque não precisamos de explicar todas as decisões ilógicas, estúpidas e idiotas que tomamos. Porque temos medo de magoar as pessoas com o que dizemos e então achamos melhor não dizer nada.
Faz parte da vida. E eu quero estar vivo daqui a 20 anos para lhe explicar o que se passou. Às vezes precisamos de tempo para entender aquilo por que estamos a passar. A distância é a melhor amiga do observador. Se estivermos muito perto de alguma coisa, não nos conseguimos aperceber da grandeza das suas dimensões. O planeta terra, por exemplo. Estamos tão perto dele que nem sempre nos apercebemos que é uma esfera gigantesca a girar no espaço a uma velocidade inimaginável. Se me dissessem, “queres viver num calhau em constante rotação sobre si mesmo, e a deslocar-se no espaço a 108.000 km por hora?”, eu era capaz de responder que isso, por certo, me poria mal disposto.
E, no entanto, cá estou. A curtir a viagem. E sei que quando fico enjoado, a culpa não é exclusivamente dos movimentos astronómicos do nosso planeta. Eu sei que devo ter exagerado na bebida ontem à noite. Eu sei que não posso andar na montanha-russa. Eu sei que não devo aproximar-me de um cadáver nauseabundo. Eu sei essas coisas que me deixam mal-disposto. E então, por que continuo eu a meter-me em situações que se vão virar contra mim? Só me posso culpar a mim mesmo, eu sei. Não adianta dizer que a culpa é da Terra, que se desloca no espaço rumo ao desconhecido e nós completamente alienados do facto que o universo se encontra em expansão, e que um dia isto vai acabar. Não adianta dizer que estamos tão perto dos problemas que não pensar com clareza e que só daqui a 30 anos é que vamos compreender por que estamos a agir tão estupidamente. Não adianta dizer que a culpa é da Mãe Natureza, por nos criar à sua imagem, funcionalmente imperfeitos, vivendo para além do dia de hoje, apesar de ser um dia mau, apesar das insónias, apesar de tudo, daqui a 40 anos estaremos cá para nos rirmos do passado e beijar a nossa linda e madura mulher, ao vermos os nossos netos brincar à nossa frente.
produto da mente perturbada de
Clay Datsusara
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3/03/2011 03:35:00 da tarde
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