O Anjo Azul (excerto, in Sonhando o que te contarei mais tarde)
(...) Bem, tu nunca me usaste, e eu nunca te usei. Excepto daquela vez em que tu te engasgavas com o teu corpo e eu emprestei-te o meu e tu ficaste contente. Eu sabia que tu ias ficar bem vestida de mim! Eu é que nunca consegui. Isso tirou-me a paz toda que o mundo necessitava. Como num baile negro, tu vieste vestida de preto de cima abaixo. “Eu só me quero sentir dentro de ti. Só quero ser o teu coração a bater, os teus olhos para me ver, quero perder qualquer coisa dentro de ti para lá voltar outra vez. E farei tudo isso por ti, não por mim…” Disse-te. (...)